A semente viva da evangelização

Ao criar uma obra, Deus já a faz com um objetivo, uma finalidade, uma missão. Essa obra, sozinha, realiza apenas uma das partes do grande projeto do Senhor que, ao lado de muitas outras, juntas chegam a uma totalidade. 

A missão de uma obra não depende da livre escolha de pessoas, muito menos acontece por acaso. Cada um que faz parte é semente viva.
Como uma planta que cresce, a obra se desenvolve e vai realizando aquilo para que foi criada. Por isso, posso dizer, sem medo, que a Canção Nova é uma obra-prima de Deus, pois ela teve um lugar só seu na mente criadora de nosso Pai, na vontade ativa d'Ele; assim, vai realizando continuamente Seu projeto.

Somos como uma “empreiteira” que realiza a parte do projeto que lhe cabe. Nela, cada um tem seu lugar e trabalho específico. Cada um desenvolve a tarefa que lhe é própria, portanto, essencial na realização da missão.

Deus pensou a Canção Nova com as pessoas que, com os passar dos anos, haveriam de realizar esse trabalho. Surgiríamos um depois do outro, mas já fomos pensados juntos. Ele nos criou Canção Nova. Cada um de nós é o que é por causa do Seu objetivo: a missão Canção Nova.

"Você quer entregar sua vida a Deus, consagrá-la a Ele na evangelização, na Canção Nova?", monsenhor Jonas.


A Canção Nova nasceu de uma iniciativa de Deus e foi criada para resgatar pessoas, a fim de comunicar Jesus Cristo e a vida nova que Ele nos trouxe.
Nossa missão é levar essa Boa Nova, 24 horas por dia, 365 dias por ano, dando a vida em cada coisa que fazemos. Não nos pertencemos mais; nossa vida está inteiramente entregue à linda aventura de evangelizar.

É uma graça, um privilégio investir a vida no propósito de levar as pessoas a terem seu encontro pessoal com Deus. A expressão é forte, mas é esta mesma: investir a vida. O segredo está em empenhá-la plenamente.

Você, sócio evangelizador, é essa semente viva nesses anos de existência do Clube da Evangelização, mas sabemos que muito ainda precisa ser feito. Há muito ainda por descobrir. Devemos estar atentos e continuar colhendo as respostas de Deus. Isso dá à nossa vida sabor e entusiasmo. Nossa vida não é estática, mas participa do dinamismo do Espírito Santo. Somos conduzidos pelo sopro de Deus e estamos na Canção Nova, porque Ele nos escolheu primeiro. O que fizemos foi corresponder à Sua escolha.

Outros virão, um após o outro, porque o Senhor já os escolheu e os destinou para compor esta “Companhia de Pesca”, que é a Canção Nova. Assumimos com alegria, gratidão, respeito e responsabilidade a nossa escolha e a dos que estão por vir. 

Você ainda se confessa?

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Reconhecer o pecado já é meio caminho andado
No dia 30 de junho, um site de Campo Grande publicou um artigo sobre a confissão, um assunto que parece fora de moda, quase um tabu. Nele, o autor escrevia: «Drogas, questões sexuais e brigas familiares mantêm o sacramento da confissão em alta mesmo em tempos de “é proibido proibir”. Com novos conceitos, como a troca da nomenclatura “pecado” por “dilema”, fim das penitências folclóricas e até a abolição do confessionário, o ato de reconciliação com Deus ganha ares de terapia em Campo Grande. A procura é tão grande que, no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, às quartas-feiras, dez padres atendem até 700 pessoas entre 6 e 22 horas».

Ao longo do texto, o articulista deu a palavra a dois sacerdotes que atuam em Campo Grande: o Pe. Wilson Cardoso de Sá, diretor do Instituto de Teologia João Paulo II, e o Pe. Dírson Gonçalves, reitor do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Em seu sentido mais profundo, explica o Pe. Wilson, o pecado é adultério e idolatria: quebra ou, pelo menos, enfraquece a comunhão que liga o homem a Deus, ao próximo e à criação. Mesmo quando oculto, ele não prejudica apenas a quem o comete, mas a toda a humanidade.

Seu conceito sofreu uma grande transformação na sociedade. Enquanto alguns cristãos pensam que nada mais seja pecado, outros o resumem ao campo da sexualidade. Esquecem que também a fofoca, a corrupção, a droga, a violência e as infrações no trânsito integram a lista das faltas a serem confessadas e corrigidas.
E o que dizer da “penitência” que o padre impõe a quem busca o confessionário? Responde o Pe. Wilson: «Se você fez aborto, nada vai trazer a pessoa de volta; mas você pode dar sua ajuda a uma criança, a uma família. Se roubou, deve devolver o dinheiro. Se caluniou, você precisa pedir perdão não só a quem ofendeu, mas também às pessoas que foram contaminadas...».

Por sua vez, o Pe. Dírson orienta os fiéis a se confessarem pelo menos duas vezes ao ano, nas solenidades do Natal e da Páscoa. Mas é bom fazê-lo também ao longo do ano: «Muita gente vem em busca de orientação e de conselhos. Há pessoas que sofrem relacionamentos complicados no namoro, no casamento, na família. Crescem a cada dia os problemas derivados do consumo da droga, da bebida, da falta ou do excesso de bens materiais».

Como os demais sacramentos da Igreja, a confissão é um grande presente de Deus. Reconhecer o pecado já é meio caminho andado, uma atitude que leva à felicidade e à santidade. É o que reconhecem todas as pessoas que experimentam a misericórdia de Deus: «Feliz o homem que foi perdoado, a quem o Senhor não olha mais como culpado! Enquanto eu escondia o meu pecado, os meus ossos definhavam, as minhas forças fugiam e eu passava o dia chorando e gemendo. Mas quando confessei o meu pecado, tu logo perdoaste a minha culpa» (Sl 32,1-5).

Para a Igreja Católica, a confissão é vista como o sacramento da penitência e da reconciliação, instituído por Jesus no domingo da Páscoa:«Os pecados daqueles que vocês perdoarem, serão perdoados; mas, se não os perdoarem, eles ficarão retidos» (Jo 20, 23). Tal doutrina é assim apresentada pelo Concílio Vaticano II: «Os fiéis que se aproximam do sacramento da penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e, ao mesmo tempo, são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, mas que agora colabora para a sua conversão com caridade, exemplo e orações».

Contudo, a confissão não foi dada “apenas” para perdoar pecados. Deus não precisa dela para demonstrar sua misericórdia a quem se arrepende.O grande milagre operado por ela é permitir que Deus penetre em nossa vida através das fraquezas que lhe entregamos. Ao recebermos a absolvição, o pecado perde a sua força e se transforma em graça. Foi esta a descoberta que levou São Paulo a ter uma nova visão da perfeição cristã: «Se a força de Deus se realiza na fraqueza, prefiro gloriar-me dela, pois, quando sou fraco, então é que sou forte» (2Cor 12, 9-10). Descobrir a arte de aproveitar das próprias faltas para dar a Deus a alegria de ser amor e misericórdia: eis o paraíso já aqui na terra!

Nada é impossível para quem tem fé!

Hoje, a missionária nos convida a meditar a Palavra que está em São Mateus 17,14-20: “Eles foram em direção à multidão. Um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e disse: ‘Senhor, tem piedade do meu filho. Ele é epilético e tem ataques tão fortes que muitas vezes cai no fogo ou na água. Eu o levei aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo!’ Jesus respondeu: ‘Gente sem fé e pervertida! Até quando deverei ficar com vocês? Até quando terei que suportá-los? Tragam o menino aqui.’ Então Jesus ordenou, e o demônio saiu. E na mesma hora o menino ficou curado. Os discípulos se aproximaram de Jesus, e lhe perguntaram em particular: ‘Por que nós não conseguimos expulsar o demônio?’ Jesus respondeu: ‘É porque vocês não têm bastante fé. Eu garanto a vocês: se vocês tiverem fé do tamanho de uma semente de mostarda, podem dizer a esta montanha: 'Vá daqui para lá', e ela irá. E nada será impossível para vocês’.”

“Preste atenção ao que Jesus disse: ‘Nada vos será impossível se você tiver fé’. Se você tiver fé, por menor que ela seja, em nome de Jesus, todas as montanhas e os montes - que são problemas, dificuldades e obstáculos na sua vida - se moverão.” 

Salette ressalta que, assim como o filho daquele homem foi curado de sua doença, nós, pela fé, também seremos curados. Por isso, ela nos convida a colocarmos diante de Jesus tudo o que está à nossa frente, impedindo-nos de ver Deus.

“Nós Lhe pedimos, Senhor, que envie sobre nós a unção que vem do céu, aquela que libertou o filho da epilepsia, do demônio que o atormentava.”

A consagrada ainda pede a Deus que essa unção caia sobre aqueles que vivem situações difíceis como a dependência química, o álcool; problemas no trabalho, na família, na escola, na vida pessoal, no namoro, nas escolhas. Peça ao Senhor: “Jesus, que essas montanhas sejam removidas para a Sua glória. Nós Lhe entregamos todas as angústias, as preocupações, os medos, as aflições e Lhe pedimos: derrama sobre nós essa unção para sermos libertos de toda opressão. Derrama, Senhor, a unção que vem do céu, que vem do Alto, a unção do Seu Espírito.” 

Salette termina pedindo que todos entreguem sua vida nas mãos de Nossa Senhora. "Ave Maria, cheia de graça... Amém"

Ainda não descobri a minha vocação. O que eu faço?

Imagem de DestaqueVivemos num tempo em que a infância dura menos e a juventude dura mais. No meio deste caminho, a idade das mudanças e indecisões – a adolescência – parece nunca ter fim. Existem crianças que aos 10 anos (às vezes menos) têm sua sexualidade acordada e vivida como se fossem adolescentes em tempos de crises e descobertas. Isso que deveria ser uma rápida e incômoda transição acaba se prolongando por muitos anos. Encontrei um “jovem” de 35 anos que tinha todos os ares de adolescente e me confidenciou: “Ainda não descobri a minha vocação. O que eu faço?”.

Existe uma tirania da nossa “modernidade líquida, relativista e subjetivista” que ilude nossa juventude vendendo a liberdade ao preço da solidão. O resultado é o estresse, a depressão e uma incrível indecisão. O que fazer da sua vida? Qual a sua vocação? Neste momento, temos que colocar alguns pingos nos “is” e deixar claros alguns conceitos para que essa ponte quebrada seja atravessada com segurança.

É preciso dizer que a vocação, antes de se ser uma resposta, uma opção, é um chamado de Deus. E Ele chama a todos indistintamente para a “vida”. Sobre esta vocação, não precisamos ter qualquer dúvida. Um dia fomos chamados a ser quem somos e onde somos. Não escolhemos nossos pais. Não escolhemos nossa cor, cultura, origem, povo, raça e nação. Quando tomamos consciência da vida, já estávamos aí. Essa vocação de raiz não exige nenhum discernimento. Exige aceitação, cultivo e gratidão. 

Assista: Vocação, é preciso decidir! 

Depois, fomos chamados à vida cristã. Quem foi batizado na infância teve o sacramento do Crisma para confirmar a sua decisão de pertencer ao povo de Deus na Igreja Católica. Aqui, já é preciso discernimento. Não basta receber a fé dos pais. É preciso fazer a sua própria experiência de fé. Hoje em dia, quem nasce católico só permanecerá católico se se converter a partir de uma experiência pessoal de Deus na Igreja Católica. Mas ainda aqui, nesse nível, não me parece que as pessoas tenham muitos problemas vocacionais. O problema vem quando é necessário escolher o seu estado de vida dentro da comunidade cristã.

No Cristianismo católico ocidental, temos três estados de vida. O cristão pode ser um fiel leigo, um religioso(a) consagrado(a) ou um ministro ordenado (diácono ou sacerdote). São estes os três estados de vida. Muitos jovens cristãos católicos entram em crise na hora de discernir sua vocação ao estado de vida.

Devo dizer que basicamente todo cristão é leigo, pois esta palavra significa “povo de Deus” (laós em grego). Então, a coisa fica mais fácil. Todos nós somos povo de Deus. A menos que o próprio Deus nos chame para uma “consagração” ou nos dê uma “ordem”. Aprendi que Deus não nos chama uma vez só. Ele é insistente com os que escolhe. Mas se você estiver em dúvida, vou lhe dar uma dica prática. Se acha que está ouvindo a voz de Deus para ser padre, entre para um seminário. Não significa que será sacerdote, mas ali terá as condições de ouvir melhor o chamado. Apenas 5% dos que entram para o seminário ficam padres. Os outros percebem que o chamado era outro. Mas não ficam mais na dúvida. A mesma coisa em relação à vida consagrada. Tenha coragem de entrar em um processo de discernimento. Em questão de vocação, a pior coisa é ficar parado. Dê um passo sem medo que seja o errado. Se for sincero, Deus o colocará no rumo certo.

Agora, o conselho contrário. Mesmo que sinta um certo chamado à vida consagrada ou sacerdotal, não dê esse passo por falta de opção. Todos os que Jesus chamou estavam ocupados e deixaram tudo para segui-Lo. Mesmo que você tenha namorado(a) e um ótimo emprego, isso será apenas uma confirmação vocacional se você deixar tudo para seguir o Senhor. Desocupados ficarão sempre na incerteza ou na indecisão. Quem deixa tudo para seguir o Mestre tem o sinal da confirmação vocacional em seu coração.

Seminário de Vida no Espirito Santo


Como manter a chama da fé acesa mesmo diante das dificuldades?


Essa foi uma das perguntas respondidas por Felipe Aquino, apresentador dos programas da TVCN'Escola da Fé' e 'Pergunte e Responderemos', ao refletir as principais vertentes da Encíclica "Lumen Fidei", de Papa Francisco, documento que será tema do programa 'Escola da Fé', desta quinta-feira, 15. A carta foi escrita pelo Papa Emérito Bento XVI, quando ainda exercia o Ministério Petrino, e finalizada pelo atual Pontífice.Em entrevista ao site da emissora, professor Felipe primeiramente explicou que encíclica é toda carta escrita pelo Papa, a qual contém um assunto que ele acredita ser relevante para a reflexão das pessoas. Ainda mencionou que a Lumen Fidei compõe o conjunto de documentos de Bento XVI. Entre os escritos estão 'Deus Caritas Est'Caritas in Veritate' e 'Spe Salvi'






Quando questionado sobre o desafio de nutrir a fé diante dos problemas enfrentados pelo ser humano, o apresentador fez alusão dessa virtude a uma planta que precisa de cuidados diários para que se mantenha viva.


"A fé tem que ser alimentada com uma boa meditação, com bons livros e com a Palavra de Deus. Assim vamos tomando consciência do que é nossa fé. Ela deve ser nutrida com a oração, que é um contato com Deus. Ela também se alimenta no ensinamento da Doutrina da Igreja", contou o entrevistado.


Em conclusão, o professor salientou que a razão e a fé são realidades que vêm do próprio Criador, mas ele entende que há uma diferença entre elas, pois "a fé leva a aceitar a revelação de Deus, já a razão faz com que a pessoa procure a verdade".


Devido à extensão e riqueza de detalhes do texto, o apresentador estenderá sua análise utilizando-se de duas edições do programa. A primeira será exibida, nesta quinta-feira, 15; a outra na última semana de agosto, dia 29. 

O dom de ser pai

“A genealogia da pessoa está unida primeiro com a eternidade de Deus e, só depois, com a paternidade e a maternidade humana, que se realizam no tempo” (Carta às Famílias 1994 - Beato João Paulo II).

Durante a minha infância e juventude, muitas vezes vi meu pai chegar bêbado e carregado em casa, mas tenho na memória a lembrança do “seu Mário gente boa e engraçado”. No meu noivado, ele estava presente; no casamento, ausente, pois faleceu de câncer meses antes. Passou o tempo e, hoje, eu tenho uma família que meu pai não conheceu.
Arquivo CN


Sinto-me tão pequeno diante da tarefa de educar os filhos que Deus me confiou: Rebeca, Davi e Sofia. Todos os dias, quando olho para eles, uma certeza tenho no coração, Deus é o começo e o fim na vida deles. Não é fácil educar, mas, formar para o céu é a minha missão de pai.

Dois pontos são importantes e me ajudam a caminhar neste lindo processo que é educar. De um lado, o pai limitado que sou; do outro, o compromisso com a minha paternidade. Consciente da limitação que é ser pai e do comprometimento com Deus e com “os meus filhos”, busco equilibrar-me em meio à agenda.

A vida de um pai é corrida, são muitas as ocupações. Mas sempre é bom refletir para ver se os afazeres nos permitem abraçar, beijar, conversar, brincar, passear com os filhos. Há tantos filhos que, bem mais do que os bens materiais, desejam a presença do pai.

Olho para a minha história e vejo que de uma situação é possível aprender lições boas e ruins, como o vício da bebida na vida do seu Mário, o meu pai, algo que abalou, por um período, o nosso lar.

A lição ruim é que a bebida atrapalhou o nosso relacionamento de pai e filho. A lição boa é que não desejo que os meus filhos passem por isso. Só quem viveu ou vive em uma casa com alguém no vício sabe como é difícil.

Tudo que é exagerado precisa ser analisado. A dedicação exagerada no trabalho, na religião, no esporte, na internet etc., não podem comprometer “a relação entre pai e filho”. Tem coisas que são boas, porém, é preciso saber conciliar as atividades para não prejudicar o convívio.

O meu desejo de pai é assinalar, no coração de cada filho, duas marcas: o carimbo da fé e da presença. Quero deixar essa herança a eles. Mesmo quando eu não estiver presente, que os valores semeados se façam presentes.

Sempre gosto de chegar bem pertinho do ouvido deles e falar: "Eu te amo meu filho", "eu te amo minha filha!". Os três escutam isso.

Cada letra da palavra Pai pode ter vários significados. Enquanto escrevia esse texto, pensei em: P (paternidade), A (amor), I (indiferença).

A indiferença, tanto do pai como do filho, precisa ser substituída por “incondicional”. Não é fácil, mas é possível. Consciente de que estou aprendendo a ser pai com meus erros e acertos, o essencial é saber que o Pai do céu ama cada filho com um amor incondicional!

Que Deus abençoe a todos que receberam esse lindo dom de Deus. Um feliz Dia dos Pais!